quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ísis e a introdução alimentar

Ísis começou a dar sinais de fome além do que meu leite poderia suprir. Caindo no prato das pessoas por exemplo. Então, senta que lá vem história.
*NÃO façam isso em casa crianças e pais ajuizados!
Sem demagogia minha gente. Pelo menos para Ísis, leite materno exclusivo até os seis meses não rolou. Não foi por falta de vontade minha e nem de insistência. Insistência e paciência que beiraram a exaustão da minha parte. Quero deixar bem claro mais uma vez que sou completamente a favor do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida da gurizada.
Ísis começou a dar sinais de que queria experimentar outros sabores. Encarava a nossa comida com olhos pidões desde os três meses de vida. Quando fez quatro meses já começava a querer ficar unicamente sentadinha, e mais do que nunca tentava se aproximar do que estávamos comendo. Parou de mamar com muita frequência e se irritava com muitas tentativas. Nessa época eu tentei de tudo para fazê-la se interessar novamente nas tetas. Acompanhei grupos no facebook, conversei com mães, médicos e tentei técnicas de amamentação diversas: Usando sling, deixando ela ter mais contato com minha pele, ficando sem a camiseta e a deixando peladinha também. Tudo em vão. Ela chorava horrores e dormia. Eu sabia que era fome. Mas sempre existe alguém para dizer: - Imagina, se ela estivesse com fome ela mamava! Nãnã. Um mês depois-quando ela já comia outros alimentos-pude ter certeza de que era fome mesmo. Minha pequena pedia socorro, desistia e dormia. Passou a mamar com mais frequência quando estava sonolenta.Então aproveitei esses momentos de sono pra chuchar o peito na pequena.

Nas nossas consultas com a pediatra ela me tranquilizou. Explicou que diminuir o ritmo das mamadas era normal e que ao se interessar pela comida, ela não abandonaria o peito. Sugeriu que eu começasse a introduzir frutas na alimentação dela. E foi o que eu fiz. Pela manhã uma frutinha e pela tarde outra. E mamadas entre essas pequenas refeições. No começo foi complicado, como o começo de qualquer coisa. Ísís não estava adaptada ao sabor, textura e tal, então tive que ir insistindo até que ela pegou gosto pela coisa. Eu costumava dar maçã pela manhã e uma bananinha a tarde.
 Uma dica bacana que a pediatra me deu, foi colocar farinha de aveia na frutinha para que não prendesse o intestino, pois ele estava ressecadinha bem antes de começar a comer. E foi ótimo. A hora do coco poderia ser marcada no relógio.

Em duas semanas minha pequerrucha já comia as frutinhas tranquilamente, e continuava ávida de curiosidade pelo que comíamos. Resolvi então cozinha alguns legumes e oferecer a ela. Sem sal nenhum, o que é importante para o organismo sensível dos bebês e para que eles notem os sabores, desenvolvendo bons hábitos alimentares no futuro. Bingo! Ela adorou. Devorou desesperadamente Sugou uma fatia de chuchu inteira num dos nossos almoços.

Mais algumas semanas se passaram e a moça entrava numa nova fase alimentar. Já tinha experimentado quase todos os legumes, inteiro e amassadinhos, todos cozidos no vapor. E sob orientação médica, passei a dar caldo de feijão junto com o legumes. Foi um sucesso. Com essa dieta em um mês, ela voltou a pegar o peso ideial, já não tinha acessos de chora e mamava nas horas certas, de acordo com o reloginho dela, normalmente. Barriguinha cheia, mamãe feliz!
Então seguem algumas dicas de uma mãe que muito errou e se descabelou até saber o problema da cria.

* Se o bebê relutar em mamar, não se desespere.
Como já citei aqui no blog, nossos filhotes passam isso tudo é a depor diversas crises e picos de crescimento. Isso causa nervosismo, impaciência nos pequenos. Insista, porém se ele não quiser mamar, não force. Dê espaço a seu bebê. Aconchego, colinho e muita paciência superam tudo.

*Contatos naturais ajudam muito.
O contato da sua pele com o bebê, o calor do toque da mãe, aproxima e conforta os pequenos. Tente fazer isso. Exponha os seios para o bebê, tire a blusa e o deixe só de fraldinha bem próximo ao seu corpo. Converse, cante e acaricie, faça com que sinta muito conforto em estar nos seus braços.

*Slings
Use e abuse dos diversos modelos, para o que melhor se adequa a você e ao seu bebê. O sling o deixa próximo do seu seio para que ele se sinta incentivado a mamar.

*Persista!
Não desista de amamentar.seu leite é o melhor alimento para o seu filho, com ibfinitos benefícios para a saúde dele.

Até o dia de hoje, com seis meses, Ísis faz duas refeições completas e come frutas entre as refeições, além das mamadas. A criação de uma rotina foi muito importante, respeitando horários que ela mesma manifestava fome ou sono por exemplo.

A maior lição que pude tirar disso tudo é de que não adianta desespero. Cada criança tem seu ritmo, seu desenvolvimento. Paciência e persistência superam a resistência!

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