segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Criando com apego

Você passa a vida a se imaginar sendo mãe,embalando suas bonecas para que durmam, dando comidinhas e trocando as roupas. Se imagina casando e construindo uma família enorme e cheia de filhos. Eu não sei vocês, mas eu pensava assim quando menina. 

Ter sido criada sozinha,sem irmãos, alimentou em mim o desejo de ter uma família grande. Depois que comecei a namorar, aquele que hoje é meu marido, essa vontade cresceu. Não só cresceu como passou a ser a única coisa na minha cabeça por muito tempo. Como descrevi nos primeiros posts do blog, minha vontade de ter filhos se tornou um desespero nos anos de tentativas que se seguiram. Muita frustração e lágrimas até o dia em que descobri que estava grávida. Ah que momento maravilhoso que me enche de saudades. 
Depois disso, vou mágico acompanhar o crescimento da minha filha dentro de mim. Crescemos juntas a cada dia, passamos por dificuldades, dúvidas, tristezas, mas passamos firmes. Depois foram os medos. Do parto, de não correr tudo bem, de não conseguir fazer tudo da forma que eu imaginava. E mais uma vez vencemos tudo, juntas.
Aí vem uma mocreia rabugenta enfermeira completamente profissional, quando Ísis chorava ainda no berço da maternidade, me dizendo para deixá-la chorar: -Daqui a pouco ela cansa e pára, você não pode atende-la na hora que ela quiser para ela não ficar manhosa!
Puta que pariu! Me desculpem pelo vocabulário, mas foi a primeira coisa que minha cabeça respondeu, era tudo o que eu podia fazer. Desejar que aquela bruxa desaparecesse, parar o que estava fazendo e atender ao chamado desesperado da minha filha, que tinha apenas algumas horas de vida.
 Esse fato concretizou o pensamento e minhas atitudes em relação a criação diferenciada que queria dar a minha filha desde o começo. Diferenciada da forma como outros pais que eu já havia adotado como não-exemplo e até mesmo da criação que eu recebi. Sei que meus pais fizeram o melhor por mim, mas isso pode ser melhorado, afinal podemos tirar coisas boas de tudo e esse é um bom ponto de partida.

Num belo dia, voltamos para casa. E eu estava radiante com a ideia de ter minha filhota em casa. Aquele cheiro de bebê na casa limpa que o marido havia providenciado, meu banheiro, minha cama. E a melhor das sensações quando você está nesse estado, sensível, com dores e um caminhão de responsabilidades pela frente, é acordar com seu bebezinho do lado. E foi com essa sensação que se concretizou a cama compartilhada aqui em casa, dormindo todos como coelhos amontoados.Como eu disse num post anterior, a cama compartilhada trouxe muita comodidade para mim no começo fatídico, eu estava exausta e acordar toda hora no meio da noite, tirar o bebê do berço, amamentar, acalentar até que dormisse, colocar de volta no berço, seria trágico no meu ver. Então eu simplesmente acordar, dava o peito a ela, colocava para arrotar ali mesmo sentada na cama e logo ela adormecia novamente e eu também! Maravilha! 
Seis meses se passaram e aqui estamos nós, nessa rotina de sono magnífica que em nada posso reclamar.

Nesse meio tempo descobri outros papais e mamães que adotaram o que eu chamo de 'criar com afeto'. Até então eu me sentia sozinha no mundo criando a minha pequena da maneira que eu acho certa, com muito colinho, mimos e compreensão. Sim! compreensão! Nossos filhotes precisam ser entendidos desde o momento em que nascem. Essa é a base de tudo. Entre nossos hábitos estão:

*Não deixar a criança chorar sozinha em momento nenhum
Isso não existe. Não precisa correr a cada gemidinho do bebê, é claro. Mas deixar chorar até dormir não é educar. É uma monstruosa falta de compreensão. Um recém nascido não chorar fazendo manha, ele chora pedindo socorro por algum incomodo que ele esteja sentindo. Ignorando o choro você estará ignorando um pedido desesperado dele, que quando não atendido a longo prazo, resulta num sono forçado pelo cansaço.

*Amamentar em livre demanda
Ter hora marcada para mamar no peito! Socorro! Pobres criaturinhas que não podem falar o que sentem. Bebê não sente fome só de três em tres horas. Deixe que o bebê mame a vontade, a quantidade e a hora que desejar. Aos poucos ele mesmo vai fazendo o horário certinho.

*Dormir aos lado dos pais só fortalece o vínculo
Aquele laço que começamos a criar desde antes do bebê pensar em existir. Dormir na mesma cama não os tornará crianças dependentes e mimadas. Ao contrário, os tornará adultos confiantes e seguros.

Não se deixe levar por padrões pré estabelecidos Nossos filhos não são peças de reposição. São seres humanos diferentes uns dos outros que tem sentimentos aflorados, cada caso é um caso. Filtre os conselhos que você recebe e não se desespere..seu instinto deve ser ouvido!



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ísis e a introdução alimentar

Ísis começou a dar sinais de fome além do que meu leite poderia suprir. Caindo no prato das pessoas por exemplo. Então, senta que lá vem história.
*NÃO façam isso em casa crianças e pais ajuizados!
Sem demagogia minha gente. Pelo menos para Ísis, leite materno exclusivo até os seis meses não rolou. Não foi por falta de vontade minha e nem de insistência. Insistência e paciência que beiraram a exaustão da minha parte. Quero deixar bem claro mais uma vez que sou completamente a favor do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida da gurizada.
Ísis começou a dar sinais de que queria experimentar outros sabores. Encarava a nossa comida com olhos pidões desde os três meses de vida. Quando fez quatro meses já começava a querer ficar unicamente sentadinha, e mais do que nunca tentava se aproximar do que estávamos comendo. Parou de mamar com muita frequência e se irritava com muitas tentativas. Nessa época eu tentei de tudo para fazê-la se interessar novamente nas tetas. Acompanhei grupos no facebook, conversei com mães, médicos e tentei técnicas de amamentação diversas: Usando sling, deixando ela ter mais contato com minha pele, ficando sem a camiseta e a deixando peladinha também. Tudo em vão. Ela chorava horrores e dormia. Eu sabia que era fome. Mas sempre existe alguém para dizer: - Imagina, se ela estivesse com fome ela mamava! Nãnã. Um mês depois-quando ela já comia outros alimentos-pude ter certeza de que era fome mesmo. Minha pequena pedia socorro, desistia e dormia. Passou a mamar com mais frequência quando estava sonolenta.Então aproveitei esses momentos de sono pra chuchar o peito na pequena.

Nas nossas consultas com a pediatra ela me tranquilizou. Explicou que diminuir o ritmo das mamadas era normal e que ao se interessar pela comida, ela não abandonaria o peito. Sugeriu que eu começasse a introduzir frutas na alimentação dela. E foi o que eu fiz. Pela manhã uma frutinha e pela tarde outra. E mamadas entre essas pequenas refeições. No começo foi complicado, como o começo de qualquer coisa. Ísís não estava adaptada ao sabor, textura e tal, então tive que ir insistindo até que ela pegou gosto pela coisa. Eu costumava dar maçã pela manhã e uma bananinha a tarde.
 Uma dica bacana que a pediatra me deu, foi colocar farinha de aveia na frutinha para que não prendesse o intestino, pois ele estava ressecadinha bem antes de começar a comer. E foi ótimo. A hora do coco poderia ser marcada no relógio.

Em duas semanas minha pequerrucha já comia as frutinhas tranquilamente, e continuava ávida de curiosidade pelo que comíamos. Resolvi então cozinha alguns legumes e oferecer a ela. Sem sal nenhum, o que é importante para o organismo sensível dos bebês e para que eles notem os sabores, desenvolvendo bons hábitos alimentares no futuro. Bingo! Ela adorou. Devorou desesperadamente Sugou uma fatia de chuchu inteira num dos nossos almoços.

Mais algumas semanas se passaram e a moça entrava numa nova fase alimentar. Já tinha experimentado quase todos os legumes, inteiro e amassadinhos, todos cozidos no vapor. E sob orientação médica, passei a dar caldo de feijão junto com o legumes. Foi um sucesso. Com essa dieta em um mês, ela voltou a pegar o peso ideial, já não tinha acessos de chora e mamava nas horas certas, de acordo com o reloginho dela, normalmente. Barriguinha cheia, mamãe feliz!
Então seguem algumas dicas de uma mãe que muito errou e se descabelou até saber o problema da cria.

* Se o bebê relutar em mamar, não se desespere.
Como já citei aqui no blog, nossos filhotes passam isso tudo é a depor diversas crises e picos de crescimento. Isso causa nervosismo, impaciência nos pequenos. Insista, porém se ele não quiser mamar, não force. Dê espaço a seu bebê. Aconchego, colinho e muita paciência superam tudo.

*Contatos naturais ajudam muito.
O contato da sua pele com o bebê, o calor do toque da mãe, aproxima e conforta os pequenos. Tente fazer isso. Exponha os seios para o bebê, tire a blusa e o deixe só de fraldinha bem próximo ao seu corpo. Converse, cante e acaricie, faça com que sinta muito conforto em estar nos seus braços.

*Slings
Use e abuse dos diversos modelos, para o que melhor se adequa a você e ao seu bebê. O sling o deixa próximo do seu seio para que ele se sinta incentivado a mamar.

*Persista!
Não desista de amamentar.seu leite é o melhor alimento para o seu filho, com ibfinitos benefícios para a saúde dele.

Até o dia de hoje, com seis meses, Ísis faz duas refeições completas e come frutas entre as refeições, além das mamadas. A criação de uma rotina foi muito importante, respeitando horários que ela mesma manifestava fome ou sono por exemplo.

A maior lição que pude tirar disso tudo é de que não adianta desespero. Cada criança tem seu ritmo, seu desenvolvimento. Paciência e persistência superam a resistência!

sábado, 27 de setembro de 2014

As muitas faces do resguardo

'Menina! Não lava o cabelo durante o resguardo senão você fica louca!'
 Esses e outros me fizerem beiras a maluquice..sério.


Passar três dias num hospital, não é a coisa mais agradável do mundo. Quando Ísis nasceu, eu estava anestesiada com tudo, com as novidades, com a violência obstétrica que havia sofrido, com a falta do marido. Não me dava conta de nada o que estava acontecendo. Minha atenção se voltou toda e por completa a minha pequena que eu havia parido. Eu estava me sentindo a única mulher no mundo capaz de realizar tal feito. Mas a ficha demorou a cair em relação a tudo o que eu estava passando. E foi cair mesmo, quando cheguei em casa. Quando sem tantos remédios, a infinidade de pontos que levei começaram a doer, o cansaço bateu e a tristeza me abraçou quase por inteiro. Não é facil, você dorme e acorda no outro dia sendo um outro ser. Uma mãe, com infinitas preocupações e responsabilidades.Medos, inseguranças. Isso mexe muito com a nossa cabeça. Algumas lidam melhor com tudo, outras se abatem levemente diante desse novo mundo. E é assim que entro na parte do resguardo, que por parte minha, foi muito mal guardado (hehehehe), pura rebeldia. Na verdade me recusei a tanta frescura.
Cá entre nós. Você mamãe que passou alguns dias no hospital, conseguiria ficar sem lavar os cabelos depois de tudo o que você passou por lá? Então, eu também não! De forma alguma! Então aqui vão algumas verdades sobre os cuidados reais que temos que tomar durante esse período:

*Quando tomar banho faça a higiene dos pontos da episio(se foi o seu caso) sem medo. 
No meu caso com o exagero de pontos, ficou bem doloroso. Mas os pontos tem de estar sempre limpos e sequinhos.

*Faça repouso e não se abaixe nos primeiros dias.
O cansaço toma conta da gente depois do parto. Durma sempre que o bebê dormir. Esqueça as roupinhas e a casa por arrumar. Deixe que alguém faça isso por você, não evite pedir ajuda. Mantenha a tranquilidade e relaxe o máximo que puder.

*Recomenda-se que o sexo volte ao normal em 40 dias.
Pois é. O útero estava voltando aos poucos ao seu tamanho normal. A relação sexual pode machucar o que está tão sensível no momento. Também os pontos da episio, ou os pontos da cesária precisam de cuidados e descanso. O cansaço também tem que ser considerado. O mais importante é que a nova mamãe esteja segura em relação ao sexo. Os parceiros tem de compreender e não forçar a barra. Diálogo é sempre a melhor solução nessas horas,cada um tem seu tempo,( No meu caso foram 15 dias..me julguem! hahahahah) E isso tem que ser respeitado.

*Não pegue peso além do peso do seu bebê.
Nem o peso do filhote mais velho, se for o seu caso.

*Caminhe , levante-se e sente-se quando estiver se sentindo melhor.
Exercícios são necessários para a recuperação. Não fique prostrada na cama.

*Não dispense a canja de galinha da mamãe e se alimente bem.  Beba muito líquido.
Nossa alimentação e líquidos é o que produz leite para o bebê. Eu não tive apetite nos primeiros dias, mas comi mesmo assim e aos poucos me readaptei a rotina alimentar. Aproveite os mimos! Hoje sinto falta das comidinhas da minha mãe naqueles dias.

*Acima de tudo relaxe!
O seu psicológico influencia no leite que você produz e na calma e tranquilidade do bebê. Deixe os problemas para depois e se concentre na coisa linda que você gerou!

E um excelente resguardo para você!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Quatro meses!

Cadê o bebezinho que estava aqui? O gato comeu!
Aqui estamos nós. Como o tempo passou rápido. Aqui escrevendo só consigo me recordar de como a pequena era realmente pequena quando nasceu e só agora me dei conta do quanto ela cresceu rápido.
São quatro meses e eu congelaria aqui o tempo. Nesse dia, que foi um dos últimos com quatro meses, pela primeira vez ela segurou substancialmente algo que ela queria. Foi fofo demais.

Pra deixar claro, sou completamente a favor do aleitamento materno exclusivo até os seis meses

Mas não teve como mesmo.Vou fazer um post a parte sobre a introdução alimentar. É algo cheio de dúvidas e que merece muitas explicações. Bem, mas vamos às evoluções!

* Parou de soluçar freneticamente. Soluça apenas quando a fralda está molhada. Ou a roupa extremamente babada.

*Tenta pegar tudo o que está ao seu alcance, se não consegue começa o falatório: -babababababa!

*Dá gargalhadas em determinadas situações. A primeira vez foi muito engraçada. Corri pra avisar pra todo mundo que a moleca tinha rido. Mãe de primeira já viu né?

*Tenta pegar tudo mesmo estando de bruços.

*Rola de todos os lugares que for colocada, travesseiros, sofá, cama. O jeito seria o berço, mas ela tem pavor a ficar ali sozinha. Então o jeito é cercar de almofadas o lugar onde ela estiver.

*Está mais dengosa do que nunca. Chora quando vê a mamãe sair do ambiente e já se inclina pra ir em quem ela quer no momento..ou pra se jogar na comida de alguém.

*Os cabelo voltaram a crescer! 

*Descobriu os pés!! E tenta tudo para colocá-los na boca.

*Baba e 'come' as mãozinhas o tempo todo.

*Teve a sua primeira virose. Passou quase três semanas para se recuperar completamente. E não estamos prontas pra outra, obrigada.

Cada dia que passa a maternidade me encanta mais. Confesso que sinto um medinho de ver essa coisa linda crescer. Porque voa! Agradeço todos os dias e me orgulho cada vez mais do meu maior feito..minha filha!

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Viajando com a cria!

Longe de casa..há mais de uma semana, milhas e milhas distante do meu amor.
E lá fomos nós à minha terra natal. Minas Gerais. Claro não fomos de trem. Essa foto é da estação de metrô no centro da cidade.
Decidimos viajar de ônibus, já haviam se passado quase três anos que eu não via meus pais. Eu estava morrendo de medo do desconforto da viagem e da reação da Ísis com tudo isso. Afinal nove horas não são nove minutos. (E meus joelhos já não eram meus depois do trajeto..aff)
Comprei a passagem para o último horário, que era 22:40. Na minha cabeça já formulei a idéia de que a pequena dormiria profundamente, com o sacolejar do ônibus e com o escurinho do mesmo. Comecei a arrumar a mala algumas horas antes.Não repitam essa idiotice façanha quando forem viajar com crianças pequenas ok? Pra ajudar ainda estava chovendo, muitas roupinhas dela que eu queria levar não secaram. Resultado, tive que levar molhadas mesmo.

*Aí vai uma dica da mãe estabanada que suja o bebê o tempo todo precavida. Se você tem bebê e vai viajar, leve muita roupa, muita mesmo.Além de sujar bastante, você vai querer que a cria esteja sempre exuberante, então não poupe. Ainda mais se não tiver onde lavar. Você tira e guarda de volta na mala para lavar em casa. :)

Embarcamos, sob o choro incontido do irmãozinho que pediu em meio à lágrimas: -Tia não vai!
E eu respondi: - Mas a titia volta meu amor!
E ele: -Então deixa a Sisinha aqui comigo!
(momento tisti)
Foi foda. Desculpem-me pela expressão. Mas é a que mais se apropria ao caso. Eu nunca tinha deixado o marido nem o filhote nem por um dia sequer. -Pra quem não sabe, Erick é minha cria emprestada, cria do marido, mas que é meio minha também. hehe- Então foi complicado, coração dói. Mas a vontade de ver minha mãe e meu pai ajudou a segurar. A essa altura do campeonato Ísis já dormia em meus braços profundamente e continuou assim até as 06:00 do outro dia! A mamãe aqui já não tinha coluna, joelhos e nem braços quando chegamos. Não pude descer em nenhuma parada por causa do frio. Então me virei com um cobertor e biscoitinhos. O calor da pequena no meu colo ajudou bastante. Eu particularmente adoro acolher a cria embaixo da asas, então é sempre bom.
Chegamos inteiras, sonolentas e famintas na casa da vovó, que nem sabia que chegaríamos naquele dia. A surpresa quase matou a coitada do coração. O resto do tempo foram só mimos. Deixo para um post a parte.

Ficam aqui umas diquinhas para você que irá viajar com o bebê!


* Faça tudo com antecedência. Organize roupas, acessórios e documentos na mala de mão que levará sempre com você. Não se esqueça das fraldas, mamadeira e mantinhas.

*Viaje com roupas confortáveis, sapatos então nem se fala. Se for viajar a noite o ideal são meias e chinelinho. Se agasalhe bem e cuidado para não matar a cria de calor. Modere nos agasalhos. Lembre-se que o calor do seu corpo o aquecerá bastante.

*Viajar a noite foi uma ótima opção para mim. Leve em consideração a distância e pense bem nessa possibilidade.

*Se não puder descer nas paradas, leve lanchinhos práticos e substanciais para você.

* Leve um bebê conforto. Eu não tinha na época, então viajei o tempo todo com a mocinha no colo. Não é de tudo ruim, mas cansa. A poltrona do nosso lado estava vazia. Viria a calhar se eu tivesse um naquele dia.

:)

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Três meses de gor-gordelícia!!

Cada vez mais,mais deliciosa!  Mãe quando começa a falar de filho é assim. Mas é culpa do orgulho..ah aquele orgulho que faz a gente quase explodir de contentamento.



*Consegue ficar de bruços e olhar para o alto como uma tartaruguinha
*Diminuímos a frequência da troca de fraldas e aumentamos a numeração para M
*Soluça umas quatro vezes ao dia
*Sente cócegas e gargalha, se provocada
*As cólicas aparecem com cada vez menos freequência
*Balbucia  algumas sílabas
*Baba,baba e baba
*Golfa,golfa e golfa
* Sorri gratuitamente a todos, inclusive a ela mesma no espelho


Deu para notar como a pequena mudou só pela pose. Realmente. Ela tem me surpreendido muito a cada dia que passa. Esses poucos meses já me mostraram que o tempo voa, foram uma lição valiosa. Tem que aproveitar cada segundo com sua cria. Diariamente eles nos trazem algo novo, fisicamente, psicologicamente e nos mudam junto com eles. 
Confesso que logo no começo dos três meses da Ísis me descabelei com a mudança brusca de anjinho, para anjinho-mostrinho. Encaixei esse fato à famosa 'crise dos três meses'. Que merece mesmo aspas, negrito e grife. Até os dois meses a pequena não me deu um pingo de dor de cabeça sequer. Dormia muitíssimo bem obrigada,mamava,sorria horrores e só chorava mesmo com algum incômodo do tipo cólica ou fome. Até que chegou o mês fatídico que daria um livro. Ou uma novela mexicana:

Ísis e a crise dos três meses

-Parou de mamar. Ficava muito nervosa só de ver os seios. Se mamava, eram dois minutos e muito choro.

-Passou a se irritar com tudo e cair num longo e inconsolável choro.

-Acordar durante a noite virou rotina. Levando em consideração que ela nunca acordou mais de uma vez na noite. Exceto nos primeiros quinze dias de nascida.

Conversando com outras mamães e pesquisando muito na internet, descobri que quase todos os bebês passam por essa fase. Esses picos de desenvolvimento mudam muito os hábitos dos pequenos. Pequenos truquezinhos me ajudaram muito!

-Ter muita paciência é o principal! Muito carinho e tranquilidade ajudam muito. O bebê capta toda a nossa tensão.

-Acalmo a pequena antes de oferecer o peito. Evito assim uma grande crise de nervos por parte dela.

-Uso o sono como recurso. Aproveito a sonolência para oferecer o peito. Ela mama e dorme sem stress.
- Banho morno e colinho relaxam até o mais nervoso dos bebês.

O mais importante é saber que até as coisas boas passam.Essa crise dura pouco, depois são só risos!  Procure se lembrar sempre do quanto ama esse filhotinho, do quanto você o desejou e  paciência voltará correndo!

domingo, 3 de agosto de 2014

Sobre a mala da maternidade

Muitas pessoas andam perguntando sobre o que levar na mala para a maternidade. É sempre um lance complicado, eu também, como mãe de primeira viagem, fiquei cheia de dúvidas. Acertei em alguns pontos, errei em outros. Então, aí vão algumas dicas para você mamãe neurótica ansiosa!




   O primeiro ponto a se questionar é o tamanho da mala, ou bolsa que você levará para o hospital. Devemos levar em plena consideração, as diferenças de ambientes, que  permitem ou não, certos caprichos. Eu optei por levar uma mala pequena- do tipo bagagem de mão, que a gente leva no ônibus- que coube tanto as minhas roupas, quanto as roupas e coisinhas da pequenina. Mas é fato, montei e desmontei tudo umas oito vezes e mais umas oito só no dia de parir..hehehe

*Escolha uma mala pequena ou uma bolsa de tamanho rasoável:
Umas mala com repartições torna tudo um pouco mais prático.Não exagere no tamanho. Principalmente se você for dar a luz num hospital público, eles nem deixam entrar..quase barraram a minha micro-mala, pelo simples fato de ser uma mala.

*Dispense produtos e objetos que não sejam essenciais:
Alguns produtos não serão usados, tais como: Shampoo,pomada para assaduras,colônias, perfumes, cremes hidratantes, chupetas( a menos que você queira ver uma enfermeira surtar), mamadeiras(idem!),lenços umedecidos, excesso de roupas, cobertores e etc.

*Evite camisolas e roupas inadequadas:
Se for num hospital público esqueça! Você terá provavelmente de usar aquela roupa horrorosa do hospital mesmo. Em alguns casos eles permitem que você use, se for possível, leve roupas longas e leves, que sejam de botões e facilitem a amamentação. Falo sobre roupas inadequadas, porque existem situações embaraçosas. Na hora da visita estarão presentes familiares, maridos e amigos de outras mulheres também, então, discrição é a palavra chave!

Bom, num resumo terminarei por citar o que usei e o que não usei dos produtos da minha mala para facilitar. Lembrando que pari num hospital público, onde nossos direitos mais básicos são negados..então critério na escolha é importante na escolha.

O que usei: Quase tudo que levei, sabonete,toalha,todas as roupinhas(sou muito desastrada, dei diversos banhos de leite com minhas super tetas na filhota!),sapatinhos, mantas(levei duas e foi super necessário, neva dentro do hospital.) e algumas fraldinhas tamanho RN. Não cheguei a gastar nem 10 fraldas.
Das coisas que levei para mim usei quase tudo também, calcinhas, soutiens(dois), toalha, sabonete,shampoo, condicionador, escova, maquiagem,absorventes e o mais importante de tudo: AS FRALDAS da neném! Pode parecer estranho, mas usei as fraldas no lugar de absorventes e foi ótimo.Nada de vazamento do fluxo e mais conforto nas trocas. Afinal fiquei me levantando, caminhando, não queria saber de ficar prostrada naquela cama fria de nenhuma forma. Não se esqueça da cinta pós parto! Usei até quando a guria completou três meses, super indico.

O que não usei: Não usei nem na maternidade e nem em momento nenhum: gases, daquelas para curativo sabe? As enfermeiras queriam que eu limpasse o bumbum da coitada com aquilo..nãaaaa, usei algodão e foi bem melhor do que algo duro e agressivo a um bumbum recém chegado. Eles nem fazem cocô nos primeiros dias(pelo menos Ísis não fez), então nunca cheguei a usar.

Pomada para assaduras: burrice minha mesmo, então nem vou comentar.

Absorvente para os seios: no meu caso não adiantava nem se fossem do tamanho de airbags; tive que usar toalinhas, ir lavando e substituindo, senão gastaria várias caixas do dito cujo, que não é lá muito barato.

Dicas dadas, só me resta desejar boa sorte a vocês! Curtam o momento maternidade que também é muito bom. Fiz amizades, descansei(sério), consigo até sentir saudades no momento. Não tenha vergonha, peça ajuda, tire suas dúvidas! Estão todos lá para orientar mesmo. Aproveite para aprender o máximo com quem faz aquilo o tempo todo. E me contem plis!!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Dois meses de Gordelícia!

Isso aí! É o melhor adjetivo para a mocinha..gordelícia! Uma bolinha de pura simpatia e infinitas dobrinhas! ('Apeixonada' aqui!)

   
E o bebezinho com cara de joelho começa a tomar forma de gente..hehehe. Assim está minha Ísis. O tempo passou rápido..tão rápido que estou escrevendo dois meses depois do que deveria. Eis aqui, as façanhas da pequena!

*Começou a sorrir quando alguém sorri para ela;
*Já enxerga um pouco melhor à distância;
*Faz um biquinho mega fofo quando quer chorar;
*Está ficando mais careca a cada dia;
*Já usa fralda M;
*Perdeu praticamente todas as roupas que usava no primeiro mês;
*Está tomando dois banho, um pela manhã logo quando acorda e outro no fim da tarde.

As cólicas estão terríveis. Difícil até de dormir, se não fosse por isso ela dormiria tranquilamente a noite toda. Mas o reloginho funciona perfeitamente. As 06:30 em ponto está de pé. As vezes um pouco antes. Aposentamos os celulares. Decorei toda a programação da tv a cabo de 04:00 as 07:00!

Os banhos se tornaram um fator importante na rotina de sono e mamadas dela. O banho da manhã a deixa livre de todo o suor da noite e da madrugada. Ela transpira muito mesmo, inclusive quando mama. Já o banho da tarde prepara a pequena para o sono que está por vir. Ainda sim, em dias fatídicos, chego a colocá-la na cama oito vezes. Ufa! Enfim ela não troca mais o dia pela noite. Faz umas quatro sonecas longas durante o dia e dorme bem melhor a noite.

O esquema de cama compartilhada tem ajudado muito. Não preciso me locomover a cada vez que ela chora com cólicas ou com fome. Mama, arrota e volta a dormir. Acorda com dor, faço massagem na barriguinha. Quer mamar de novo. E se repete assim a nossa rotina. 

Mamãe aqui, que não tem hora para dormir e nem comer..perdeu mais quilos do que deveria! Há!
 

sábado, 26 de abril de 2014

Me deixa ser mãe ué!!

   Tudo começou no dia em que a Ísis nasceu. Durante todo o trabalho de parto eu ouvi:- Vamos para o hospital, não faça as coisas que você acha que deve, ouça a voz da experiência, vamos para o hospital,blá blá blá.
Não que eu não dê valor aos anos de experiência alheia e tal, mas sinceramente, tem coisas que nós temos que decidir. Para começar, eu já tinha planejado durante toda a gravidez que eu queria ir para o hospital na ultima hora mesmo. Se era pra sofrer que fosse em casa. E assim foi. Mesmo com tanto lesco lesco na cabeça.E cá entre nós, é maravilhoso estar em trabalho de parto com alguém querendo que você faça o que você definitivamente não quer fazer! P... que .....!

   O negócio ficou bem pior quando voltei. Mas antes de mais nada vou deixar claro que a ajuda da minha mãe foi primordial. Não sei o que faria sem ela, foi quem ficou do começo ao fim, mesmo não podendo ficar comigo, mas ficou do meu lado, loba, incansável! Mas com uma opinião abençoadamente incansável também.

Quando cheguei em casa, minha mãe queria que eu passasse 30 dias sem lavar o cabelo pra começar.Há ha..senta lá mãe.
Eu estava com nojo de mim mesma, desejando meu banheiro, meu chuveiro, meu sabonete, meu box embaçado. Lavei o cabelo como se visse xampu pela primeira vez na vida. Primeira regra violada com sucesso!

Quando me senti um pouco melhor, decidi lavar umas roupinhas da pequena. Mas eu não poderia torcer as roupas. Isso causava, segundo o conhecimento ancestral: cólicas na guria. Há, lavei e torci, secou em minutos. Simples assim. Se minha mãe souber que lavo tudo na máquina depois que ela foi embora, infarta.

Minha casa na idéia da minha mãe era o modelo do que uma casa não deveria ser. Então quis mudar tudo.Eu odeio isso. Quando cheguei até fiquei feliz com o que vi. Limpinha, cheirosa, pronta pra botar a cria pra dormir e capotar por dois dias. Mas para mamãe não! Faltou querer que eu trocasse de marido. Achou pouco espaço, moveis ruins e etc. Mães de plantão! Deixe seus filhos viverem. Levem a sério o ditado: -Se meu filho está feliz, eu também estou.
Eu sempre adorei minha 'toca Hobbit', eu e o marido sempre cultivamos nossa querida caverninha. É assim que eu quero que continue. Um lugar aconchegando, pequeno, fácil de limpar e que atraia passarinhos e raios de sol pela manhã. E ponto final.

Ela achava que eu estava amamentando com a Ísis na posição errada, queria colocar ela mesmo meu peito na boca da menina! Socooorro!!!


Pessoas, aqui vai o meu apelo! Deixem-nos exercer nossa maternidade. Não nascemos sabendo, mas nascemos para isso. Somos mulheres, sabemos parir, sabemos criar! Toda ajuda é bem vinda, mas por favor, tenham bom senso. A fase de adaptação é muito difícil, ainda mais a parte psicológica da coisa. Então nos mimem, nos apoiem, façam canja de galinha..mas nos deem espaço! Mãe e pais nascem junto com os bebês e precisam desse espaço para aprender, para errar juntos..

Nascemos mães! Só precisamos de lapidar..a nós mesmas!!


terça-feira, 22 de abril de 2014

Um mês de Ísis


Um mês com a minha pequena! Uhhuu!! Parabéns para nós!


  A ficha ainda anda caindo por aqui.
Já faz um mês que eu trouxe minha filha para casa. Faz um mês que passei pela experiência mais marcante da minha vida. E não vou dizer que um mês passou voando. Não passou. Parece mesmo é que minha bonequinha sempre esteve  aqui com a gente. Hoje disse isso ao marido. Como era mesmo, nossa vida antes 'da cria'? Argh, que vida sem graça.

O que aconteceu nesse primeiro mês:

* Ísis já consegue fixar o olhar em um ponto. Perdeu enfim a 'tortura' dos olhos.

*Aprendeu a gritar para chamar a mamãe! Sério. Gritar!

*Já usou seu primeiro sapato e perdeu as primeiras roupinhas.

*Ri muito quando alguém faz alguma gracinha com ela. E que risada gostosa.

*Reconhece as vozes e tenta procurar de onde ela vem.

*Passou a mamar com menos frequência e dormir melhor, durante o dia e durante a noite.
 * Teve muitas cólicas. Tantas que já cheguei a ficar desesperada. No final das contas, a gente acaba se 'acostumando' diante de um fato inevitável como esse. Nada que paciência e colinho quente não resolvam!

* Já toma dois banho por dia. Cada dia mais longos. Afinal, entrar é difícil, mas sair..

*Faz passeios diários com a mamãe. Se não..onde vamos usar tantas roupas lindas antes que se percam?


Mudanças maiores mesmo aconteceram com a pessoa aqui. A mãe! (Mas isso rende um post a parte.) Obrigada minha filhota, por fazer a minha vida recomeçar.  :)

terça-feira, 15 de abril de 2014

EU MÃE!: PARI!

EU MÃE!: PARI!: Madrugada do dia 22/3 - Dia comum, muita atividade, uma vontade incrível de faxinar a casa! Saí, caminhei, namorei e dormi..cólicas.....

PARI!

Madrugada do dia 22/3
- Dia comum, muita atividade, uma vontade incrível de faxinar a casa! Saí, caminhei, namorei e dormi..cólicas..cólicas. Resolvi não comentar com o marido até ter certeza de que as cólicas eram a nossa princesinha se aprontado para nascer. Até consegui dormir entre elas.
4:00 Hrs
Não consegui mais ficar deitada, no fundo, no fundo eu já sabia que ia parir naquele dia. Minha principal preocupação: eu estava um caco! Roupinhas passadas,mala arrumada, casa cheirosinha, mas eu mesma estava horrível! Fui para o banheiro cumprir a maratona da depilação. Gente, que sofrimento..mas consegui, depois de 40 minutos. Aproveitei a água morna como algumas meninas aqui do grupo me sugeriram, para ver se intensificava as contrações. Funcionou.
5:30 Hrs
Acordo minha mãe, que estava passando uns dias comigo para me ajudar. Comentei sobre as contrações e ela logo se apressou para fazer as minhas unhas.. hilário fazer as unhas em trabalho de parto! Eu estava curtindo o momento..aproveitando para controlar a dor ao máximo.
Resolvi comer. Café reforçado. Dor aumentando.
Vamos marcar os intervalos!
Estava vindo com médio de 7 minutos e durando uns 30 segundos.
Eu estava super tranquila, pois tinha como plano demorar em casa o máximo que eu aguentasse antes de ir para a maternidade.
Mas a mãe e o marido queriam que eu fosse logo, ao menos para saber se eu realmente estava em trabalho de parto..(heloo..apenas a minha palavra não bastou). Almoçamos, caminhei,organizei novamente a mala e fomos.
Hospital-14:30
Cheguei com uma contração 'engatilhada'! Me colocaram em uma cadeira de rodas e fomos para o consultório. 3cm de dilatação. Me disseram o que eu já sabia e nada mais. Deveria ir pra casa, ou se quisesse ficar, sentaria, esperaria e seria reavaliada em duas horas. Voltei para casa. O nervosismo batendo. Fui caminhar com minha mãe. Cada vez mais forte as dores, mas resolvi insistir, caminhar e me movimentar aliviava um pouco e fazia eu me sentir mais forte, mais confiante. Voltei para casa, comi uma fruta e passei mais algumas horas assistindo a tv e tirando as ultimas fotos grávida..
18:00
Não estava tolerando muito bem as dores, estavam ficando fortes e com intervalo de um minuto. Voltamos ao hospital, 6cm de dilatação. O médico disse que eu deveria 'dispensar' a família e avisar que só poderiam vir ficar comigo depois que eu parisse, no horário de visitas, que era 13:00 da tarde no outro dia. Me desesperei, fui falar com minha mãe já chorando que ela não poderia ficar comigo. Ela protestou, disse que ia ficar, nem que fosse num banco do lado de fora, que não iria me deixar sozinha. E ficou mesmo.
Fui para o pré-parto. Estava vazio, silencioso. Eu tinha perdido um pouco da noção do tempo, da realidade.Tentava curtir a dor, pensar no auge dela para que eu pudesse saber quando fazer força, conversava com minha filha na barriga.
22:00
As dores estavam muito fortes. Enjoo muito grande. Chamei a enfermeira pra dizer que queria vomitar. Mas perguntei a ela se achava que ia demorar muito para nascer. Ela disse que não, que achava eu que eu estava tolerando demais a dor, estava já com a dilatação total praticamente.
Ela saiu e eu vomitei..aff. A gente fica constrangida com tudo na frente dos outros. A faxineira só jogou um lençou no chão, e me deixou lá, com meu vômito.
Resolvi começar a fazer força. A dor atingia o máximo, e eu fazia força. Quase uma hora, fiquei me preparando para o que viria em breve. Eu precisava parir, ver minha filha, me livrar de tantos desconfortos. Isso me dava força.
22:35
Numa dessas forças, a bolsa estourou. Achei um barato aquilo! foi uma diversão no meio de tanta dor. Um barulhinho e depois chuaaa! ahahahah
Chamei a enfermeira desesperadamente, me deu muuuita vontade de fazer força, e eu fazia, e milagrosamente a dor reduzia muito com essa força toda.
O médico pediu que me levassem para a sala de parto.Ótimo! Pensei. Agora vai!
A dor vinha acompanhada da vontade de fazer força, apesar da dor na passagem, resolvi não parar. Levei uma toalinha para morder..a equipe do parto foi muito bacana comigo. Uma enfermeira me encorajava e explicava como fazer a força, quando fazer. O que me incomodou é que se você gritasse, era o fim para eles..ainda continuo incomodada. Força pra cá, força pra lá..ouvi o médico dizer que estava saindo. Fiz uma força incrível e longa como nunca pensei conseguir e a dor foi inacreditável. Li os lábios do médico. Ele disse para a enfermeira, de forma que eu não ouvisse que a neném tinha coroado pelo ombro.
Eu já havia notado durante as contrações que ela estava de lado. Pensei ser apenas cisma. Desconsiderei.
Antes que eu pudesse ficar desesperada, senti o corte. Isso aí. Ele não me anestesiou, cortou na raça mesmo. A dor foi ainda pior quando ele enfiou a mão e virou minha filha, para puxa-la em seguida. A minha indignação porém, deu lugar a felicidade de ver minha pequena..e ao alívio de ter terminado tudo. Doce ilusão a minha. O 'pequeno' corte rendeu 30, isso mesmo, 30 pontos. A placenta saiu em seguida, e a sequencia de procedimentos dolorosos durou quase uma hora.
Só vi minha filha porque me virei para vê-la, pois não tiveram o trabalho de traze-la até mim.
Fui para o pré parto de novo, pois não haviam vagas no quarto. Fique lá, suja, com fome e sem minha filha até 01;00 da manha. Só fui tomar banho e me alimentar as 08:30.
Se seguiram ainda dois dias no hospital, onde achei até bacana o tratamento que recebi. Ao menos isso, merecíamos depois do que passei.
O que é recompensante é saber que eu pari! Me senti orgulhosa de mim mesma!
Ísis nasceu com 3,440kg e 48cm!

Já saudosa barriga...

E aqui estamos nós, num final delicioso dessa gravidez.Os incômodos estão maiores. A ansiedade também.
 
Difícil entender a cabeça de uma grávida, mas já estou com saudades da barriga. De sentir meu bebê me lembrando a todo tempo que está ali. Dentro de mim. Como será depois?
Bate o medo do 'vazio'. É claro que minha filhota estará ali, nos meus braços. Mas confesso que a gravidez me trará grandes saudades. Estar grávida nos trás um orgulho imenso. Vontade de sair na rua e receber aqueles sorrisos..no meu caso até caras curiosas, perguntas inapropriadas. Vou sentir até falta dessas perguntas cretinas..do tipo: -Foi planejado? ou até: -Você assim, toda tatuada..nem tem cara de mãe!
Pois é, ser mãe é mesmo padecer no paraíso desde o primeiro momento. HAHA!
A reta fina é acompanhada sempre de dúvidas, de medos. Mas o que me conforta imensamente é o fato de saber que é só o começo de uma longa e maravilhosa jornada.
Então aqui vai um resumo de como foi o ultimo mês de gestação!

* Não durmo mais que cinco horas por dia/noite!
-Até contei na última noite,12 idas ao banheiro. A cada volta alguns minutos para encontrar a posição mais confortável..e aí! Sessão de chutes nas costelas!

*Pernas muito doloridas e inchadas!
- Não é pressão alta! Tenho que caminhar bastante para que voltem ao normal. Super indico!
*Falta de ar e cansaço.
- Mesmo com a neném já bem baixa na barriga, não me livrei da falta de ar.

*Dores nas costas.
-Estou me alongando, massageando e tudo que posso para que fique mais confortável.
* Nervos a flor da pele.
-Isso não tem jeito mesmo. Estou me matando de esforços para ficar calma, mas é algo fora de mim, estou em TPM crônica.

Bom, mas é isso. Desconfortos normais, nada que parir não resolva!